domingo, 25 de agosto de 2013

Artesã vai exportar joias feitas com plantas do cerrado para os EUA


25/08/2013 07h39 - Atualizado em 25/08/2013 07h39

Artesã vai exportar joias feitas com plantas do cerrado para os EUA

Sementes, frutas e folhas são revestidas com camada de ouro.
Empresária do DF pretende dobrar faturamento com exportação.

Do PEGN TV
Comente agora
Uma pequena empresa do Distrito Federal se especializou na criação de joias feitas com folhas, frutas e sementes do cerrado. Os produtos da natureza são revestidos com uma camada de ouro e transformados em brincos, anéis e pingentes.
As plantas do cerrado valem ouro para uma artesã do Distrito Federal. A vegetação nativa é a matéria-prima das joias folheadas feitas pela empresária Tânia Helou
Ela e o marido, Edênio Ribeiro, fabricam anéis, brincos, colares e pingentes na própria loja. A empresa foi aberta há 13 anos. A folha moeda é marca registrada do negócio. “Ela vem de um arbusto do cerrado e é a matéria-prima não só do meu produto, como de diversos artesãos”, diz a empresária.
Os donos da empresa participam do projeto Expoarte Distrito Federal – uma ação do Sebrae que visa fortalecer a identidade cultural da região e incentiva o artesão a transformar arte em negócio.
“A ideia é que esses artesãos estejam preparados para as oportunidades que vão surgir com os eventos esportivos que vão acontecer a partir deste ano e até 2015. A ideia é prepará-los a partir de capacitações, consultorias, para ter um produto adequado conforme a exigência do mercado. E ele também esteja preparado para a gestão desse negócio”, explica Zaile Chagas, do Sebrae de Brasília.
Através da parceria com o Sebrae, os empresários participaram de oficinas de capacitação para melhorar a técnica e a gestão do negócio. Os produtos da empresa agora são expostos em feiras por todo o Brasil. E as joias também fazem parte de um catálogo de divulgação do artesanato da região.
“O catálogo é mais uma ferramenta de divulgação do produto e para atender o mercado. A velocidade que hoje têm as informações é uma forma de visualizar o produto, conhecer quem é o artesão, e assim fazer negócios Brasil afora”, diz Zaile.
A divulgação do trabalho abriu portas em novos mercados. Agora, a empresa irá exportar as peças para os Estados Unidos. A fabricação, que hoje é de 400 itens por mês, deve dobrar para atender à demanda.
“O Sebrae me colocou em ambientes, em eventos que eu sozinha não tinha e não tenho porte para estar”, comenta a empresária.
As peças são galvanizadas. A confecção começa pelo corte das folhas, que já vêm esqueletizadas. Em seguida, elas recebem uma tinta condutora de eletricidade. A planta vai para um tanque e é banhada em cobre. O produto não contém níquel e não causa alergias.
O processo de produção com sementes e frutos é um pouco diferente. A matéria-prima recebe uma tinta impermeabilizante. Isso evita infiltrações de produtos químicos que, com o tempo, danificam a joia. É um trabalho minucioso. O “carrapicho”, por exemplo, leva no mínimo oito demãos. Outras peças, até 30.
Ao todo, as joias passam por oito fases de fabricação. A última é o banho de ouro 18 quilates.
“Eu procuro colocar camada mais de ouro na parte da folheação para que eu possa dar essa garantia de um ano, pelo menos. É claro que dura muito mais. Eu tenho cliente de 13 anos que está com a gente, e a peça está igualzinha que a gente entregou”, comenta Ribeiro.
Por fim, cada item é pesado. Isso faz parte do rigoroso controle de qualidade como forma de dar garantia aos clientes e credibilidade à empresa.
Toda água utilizada no procedimento é tratada. Os metais pesados são retirados antes de chegar à rede de esgoto.
As plantas eternizadas são vendidas na loja por preços que variam de R$ 100 a R$ 2.000. As peças feitas com frutos e sementes chegam a demorar semanas para ficar prontas, por isso são mais caras.
Com mais experiência em folhear objetos, os empresários começaram a criar joias bem inusitadas. E haja criatividade. Há, por exemplo, um cacho de uva, um amendoim e até uma pipoca. Esse tipo de produto chama a atenção do cliente e ajuda a divulgar a marca.
A artesã Tânia Helou espera que a empresa tenha crescimento recorde em 2013. “Atualmente o nosso faturamento está entre R$ 22 mil e R$ 23 mil mensais, em média, e, para este ano a nossa meta é dobrar esse faturamento com a exportação para os Estados Unidos”, diz Tânia.
CONTATOS:
SEBRAE
Central de Relacionamento: 0800-570-0800
Site: www.sebrae.com.br
FILIGRANA
Contato: Tânia Helou e Edênio de Paula Santos Ribeiro
Comércio Local Sul – Quadra 116 Bloco A - Loja 33 - Asa Sul
Brasília/DF – CEP: 70386-510
Telefone: (61) 3201-9564 / (61) 8158-8765
www.filigranacerrado.com.br
veja também

Seja o primeiro a comentar


Artesã vai exportar joias feitas com plantas do cerrado para os EUA

Nenhum comentário:

Postar um comentário